A Rede de Atenção psicossocial, hoje conhecida como RAPS, estará realizando uma mateada de integração entre os profissionais e usuários dos diferentes serviços do município e da vizinha Augusto Pestana, serão realizadas diversas atividades artísticas e de lazer visando a integração com a comunidade. Sendo que a comunidade em geral está convida a comparecer ao Parque da Pedreira no dia 31, a tarde e conhecer um pouco dos serviços realizados nos serviços de saúde mental da cidade, sendo que na ocasião serão distribuíos materiais informativos e exemplares do Jornal “A margem” produzido pelos usuários do CAPS AD.
O evento visa dar visibilidade ao dia nacional da Luta Antimanicomial celebrado anualmente no dia 18 de maio. Essa data surge junto com a Reforma Psiquiátrica,no final da década de 70. Antes disso, as pessoas vistas como “loucas” eram internadas em instituições chamadas de manicômios. Nestes lugares as pessoas eram isoladas da sociedade com a promessa de um tratamento, contudo muitas vezes eram tratadas de forma sub-humana: altamente medicalizadas e não raro passavam por maus tratos o que muitas vezes mais dor e sofrimento.
A partir do movimento de Luta Antimanicomial, pacientes, profissionais e movimentos sociais, começam a expor essa barbárie e lutar por um novo modelo de saúde mental. Onde o tratamento fosse humanizado e realizado em liberdade, respeitando os direitos humanos. Após 30 anos de luta se aprovou a ‘Lei da Reforma Psiquiátrica’ em 2001, que trata da proteção dos direitos das pessoas com transtornos mentais. Com ela a forma de tratamento foi redimensionado e o o modelo “hospitalocentrico” passou a ser substituído por novos serviços comunitários, territorializados, buscando a garantia da cidadania das pessoas e seus familiares, que historicamente foram discriminados e excluídos da sociedade.
Nesse contexto surgem os Centro de Atenção Psicossocial, sendo que em nosso município temos CAPS II, CAPS ad e CAPS infantil, além de outras propostas de tratamento como os leitos hospitalares em hospitais geris e os centros de convivência, como por exemplo a CASA AMA mantida em Ijuí pela Associação Municipal de Saúde Mental de Ijuí.
Ijuí